Dica de Peça para assistir: Tebas Land
"Apesar de ter cometido parricídio, será que Édipo pode ser considerado um parricida, já que o mesmo não sabia que estava assassinando o seu próprio pai?
Com essa pergunta, feita por um dos atores na peça Tebas Land, em cartaz no teatro Poeira, na cidade do Rio de Janeiro, registro aqui o impacto que essa peça de teatro me causou:
A obra narra os encontros, ocorridos na quadra de basquete de uma prisão, entre Martin, um jovem parricida e um escritor que tem como objetivo contar a história do criminoso através de uma obra teatral.
No decorrer da história, vão se descortinando os motivos que causaram o assassinato, bem como o elo transferencial entre entrevistador e entrevistado, em cada encontro.
Além, de ser um deleite para psicólogos e psicanalistas, por conta da abordagem acerca do lado obscuro das relações parentais, a peça também conta com riquezas de detalhes, a história do jovem parricida e do quanto a falta do amor paterno impactou sua vida e seus atos.
Já adianto que não se trata de tirar responsabilidades e tão pouco de minimizar o crime exposto na obra teatral, mas, sim, apontar que é preciso sair da superfície e se aprofundar nas minúcias que desencadeiam no trágico de uma história humana.
Tomo como minha as palavras proferidas pelo personagem do escritor quando diz que "todos temos a nossa Tebas Land (terra de Tebas) dentro de nós", quando falamos de relacionamentos pais (figuras paternas e maternas) e filhos.
Tebas Land é trágica, urgente, necessária e merece ser vista para ontem! Ela está em cartaz no Teatro Poeira até 28 de abril, de quinta a domingo. Imperdível!
Psicólogo Jansen Sarmento
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