BBB, Comportamento e Saúde Mental: uma reflexão sobre o termo chaveirinho de hétero

BBB, Comportamento e Saúde Mental: uma reflexão sobre o termo chaveirinho de hétero




Nos últimos dias, uma reportagem do portal Terra, chamou a atenção, ao fazer uma análise de um dos participantes da edição 2022 do Big Brother Brasil, ao afirmar que o mesmo estaria se anulando, por conta do seu interesse em um colega do programa.


Este rapaz, que é homossexual, teria todos os predicados necessários para caminhar com luz própria no reality, tendo em vista sua espontaneidade, seu jeito de ser e, principalmente, por conta de sua trajetória de sucesso como influencer, vindo de uma família pobre e do Nordeste brasileiro, uma região que, embora maravilhosa, tem bem menos oportunidades para crescimento, em comparação com o Sul e Sudeste brasileiro.


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Como não sou um aficionado ou telespectador assíduo do programa, me interessei pela reportagem para convidá-los à reflexão sobre os aspectos psicológicos do caso, que mesmo numa época onde se afirme que vivemos num mundo mais permissivo, com gerações mais modernas e livres, a questão da homossexualidade e gênero continuam a apontar a fragilidade humana frente aos relacionamentos.


Ainda existe um número imenso de pessoas que vivem sob o fantasma das imposições de um mundo heteronormativo, onde o caminho da "família tradicional" é o que deve ser seguido.




Parece exagero, mas, não é... Muitos são os casos de pessoas LGBTs que, assim como o participante, se sujeitam a um amor ou apaixonamento platônico, em busca da ilusão (consciente ou inconsciente) de que um relacionamento com um hétero vai lhe trazer a tão sonhada "normalidade e felicidade, ao lado de sua cara metade, que tem o padrão do que é considerado "normal e inofensivo" pela sociedade. 


É como se os relacionamentos com héteros trouxessem mais masculinidade ou até mesmo melhorasse a própria aceitação, uma vez que o parceiro estaria fora dos estereótipos do imaginário social; aquele que diz, implicitamente, que todo gay tem a obrigação de ser afetado ou afeminado. 


E nesta cegueira sentimental que dá como retorno apenas um pingado de sentimentos, percebemos aquilo que foi analisado na reportagem: uma pessoa que tinha tudo para fazer o próprio brilho, vai se apagando e se tornando cada vez mais dependente de uma história de amor que só acontece na ilusão de uma das partes, enquanto que para o ser amado, o que interessa mesmo são os ganhos provenientes desta aproximação...


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E numa era aparente de pessoas tão despachadas, de mente mais aberta e livre, este caso do BBB corrobora a necessidade de que continuemos a falar sobre o tema, afim de que  LGBT e de diversidade de gênero, bem como da busca pela autoaceitaçao e amor próprio...


Vale ressaltar que aqui não cabe julgamentos para o comportamento do participante, mas, uma reflexão sobre nossas carências e demandas, pois, afinal de contas, quase todos nós já estivemos neste lugar de chaveirinho da pessoa amada, contudo, o olhar é dirigido às pessoas LGBT por conta do discurso equivocado de que as novas gerações são desprovidas de pudores, questões e limites...


Infelizmente este não é o primeiro e tão pouco será último caso de apaixonados que se anulam em nome de suas paixões, porém, é chamando atenção para o caso que poderemos fazer nossas avaliações internas e ver em quantas andam as nossas necessidades de viver a sombra do julgo e dos ideais sociais. 


Leia a reportagem completa do caso neste link.


Jansen Santos Sarmento da Silva - Doctoralia.com.br


Psicólogo Jansen Sarmento

CRP: 05/38624

(21) 98337-2725

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