Você sabia que a mentira pode virar uma doença?
Comemoramos hoje, no mundo ocidental, primeiro de abril, dia da mentira. Uma data que é vista com leveza e com muitas brincadeiras, onde diversas pessoas tentam enganar amigos, familiares e colegas com pequenas mentiras. É geralmente um dia levado com muito bom humor e dificilmente passado em branco por boa parte dos brasileiros.
Diz a lenda que a comemoração foi iniciada na França, no ano de 1564, quando o então rei, Carlos IX, decidiu instituir o calendário gregoriano, criado pelo Papa Gregório XIII, ocasionando, assim, numa alteração de todas as datas comemorativas, inclusive o ano novo que era comemorado, até então, no dia 25 de março, se estendendo até o dia 1 de abril.
Boa parte dos franceses levaram um tempo pra ter conhecimento das mudanças e, por isso, continuaram a comemorar o ano novo no mesmo período. Quem já conhecia a troca, zombava dos seus compatriotas e os acusavam de festejarem a passagem de ano de forma mentirosa e, por conta desta confusão, se instituiu o famoso dia da mentira.
Apesar da alegria da data e do bom humor ocasionado com as diversas mentirinhas inventadas, que contribuem para dar mais leveza en tempos tão preocupantes que estamos atravessando, é preciso algumas reflexões sobre o tema para que a diversão do dia 1 de abril não se torne um mal hábito no nosso cotidiano e até mesmo vire uma doença.
Mentir é um ato que tem como intuito inventar fatos, deliberada e intencionalmente, podendo surgir por diversas razões, entre elas: insegurança, baixa autoestima, medo, receio de consequências, fuga da realidade e aquisição de vantagens.
É humanamente impossível não proferirmos uma única mentira, uma única enganação ao longo da nossa existência... As vezes, pode ser um ato crucial para a nossa sobrevivência ou uma ação que justifique tal finalidade, contudo, o grande problema está em nos habituamos a tal ponto, que não conseguimos mais nos desvencilhar, transformando-a, assim, em uma compulsão.
A tendência compulsiva pela mentira é uma doença, chamada de Mentira Compulsiva ou Mitomania, não existindo uma causa específica para o seu surgimento e pode transformar a vida de quem por ela é acometido em um verdadeiro caos. Pode começar ainda na infância e com o tempo ir ganhando mais força ao ponto de se tornar incontrolável, chegando ao ponto da pessoa viver acreditando em suas próprias mentiras.
A mitomania causa danos, não só ao próprio indivíduo, como também às pessoas que o rodeiam, trazendo como consequências punições, afastamento de entes queridos e até mesmo isolamento social.
O diagnóstico pode ser feito por um psicólogo ou psiquiatra e seu tratamento geralmente é realizado com a psicoterapia, sem a necessidade do uso de medicamentos, na grande maioria dos casos. Vale dizer que uma vez constatada a mitomania, a participação dos entes querindos é de grande valia, uma vez que tal afastamento dificulta o recurso terapêutico e pode afastar o paciente da busca pela cura. Paciência, compreensão e incentivo são fundamentais.
Vale pontuar que a mentira tem consequências e muitas chances de ser descoberta. A recomendação é de evitá-la o máximo possível. Se você conhece pessoas com históricos de mentiras e que até mesmo te envolvam nelas, ficar calado não é a melhor opção. Saia desta situação de forma polida e educada, mas, sempre dizendo a verdade, sem maquiá-la ou ocultá-la. Se preciso for, recomende a esta pessoa que procure por ajuda especializada.
Caso seja você a pessoa a viver nesta situação, sem conseguir se desvencilhar de suas mentiras, talvez esteja na hora procurar por ajuda especializada. A terapia pode ser a solução! Pense nisso...
Psicologo Jansen Sarmento
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