Salvador e o Sincretismo Religioso: 2 de Fevereiro - Dia de Iemanjá
A capital soteropolitana está em festa! Hoje, dia 2 de fevereiro é realizada no bairro do Rio Vermelho a Festa de Iemanjá: um dos orixás mais famosos e queridos do candomblé e de outras religiões com raízes africanas.
Considerada a mãe de todas as cabeças e de todos os orixás, no sincretismo religioso sua figura é representada por ninguém menos que Maria, a mãe de Jesus. É considerada senhora da maternidade, rainha do mar, das águas doces e salgadas, protetora das crianças, idosos e padroeira dos pescadores.
Muitos são os nomes de Iemajá, que também pode ser chamada de Janaína, D. Maria, Inaê, Princesa do Mar, Rainha do Mar, Mucunã, Dandalunda, Marabô e Princesa de Aiocá, dependendo da região ou religião.
Várias cidades brasileiras, entre elas Rio de Janeiro e São Paulo, celebram o seu dia, mas, é em Salvador que a yabá recebe uma comemoração digna da grandeza e poder que seguidores e admiradores das religiões afro lhe atribuem.
Especula-se que a celebração em Salvador teve seu início no ano de 1823, sendo realizada por pescadores, que pediam sua benção para abundância de peixes em suas redes e, desde então, se tornou uma das festas mais populares e importantes de Salvador.
Inicialmente o culto era realizado no Dique do Tororó (que até os dias de hoje continua a fazer parte do festejo, com o depósito do presente de Oxum, as 2h da madrugada), até ser transferido para o bairro do Rio Vermelho e atrai uma multidão que leva flores, presentes e oferendas em homenagem à Sereia do Mar.
No ano passado mais de um milhão de pessoas participaram da comemoração, que começa nas primeiras horas da madrugada, atraindo devotos do candomblé, catolicismo e de outras religiões afro. Todos os presentes, ofertas e pedidos são levados para o alto mar as 15:30h e o encerramento dos festejos religiosos se dão as 18:00h.
A Festa de Iemanjá é uma das maiores demonstrações do sincretismo religioso, não só de Salvador, como também do país e vale muito conhecê-la, não só por seu conteúdo histórico, como também cultural.
Tente incluir não só esse festejo, como também outros que nos aponte toda a miscigenação e pluralidade cultural brasileira! É de super importância despir-mo-nos dos nossos (pré)conceitos e conhecer um pouco mais de nossa história e de nossas origens! Experimente! Tenho certeza de que irão gostar!
Jansen Sarmento
Prece de Pescador (Canto a Iemanjá) - Mariene de Castro
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