Algumas considerações sobre viajar sozinho: uma introdução.
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Minha primeira viagem sozinho: Buenos Aires
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Se engana quem diz que o viajante solitário adquire tal hábito por dom... Antes de mais nada, gostaria de dizer que sempre me considerei um ser social e durante muitos anos da minha vida adorei fazer as coisas em grupo; desde a minha adolescência adquiri o hábito de fazer as coisas na companhia de vários amigos. E, até hoje ainda gosto; estar na companhia de gente amada, falar besteiras, dar umas boas risadas e até mesmo andar lado lado de alguém que escolhi como irmão, realmente não tem preço.
Durante muitos anos fizemos isso e, enquanto fizemos foi bom... Mas, com a chegada da idade adulta, chegaram as responsabilidades e muitos desses amigos seguiram seus rumos; seja namorando pra valer, se casando, estudando, mudando de bairro, cidade, emprego, enfim, cada um deles foi seguindo seu caminho. A amizade não acabou, mas, se modificou e aquela grande sintonia e desejo de fazer tudo junto, foi morrendo aos poucos: cada um passou a priorizar sua individualidade...
Outras pessoas apareceram e com eles novos grupos, mas, no final das contas, a individualidade e o desejo pessoal de cada um dos amigos passou a prevalecer. É lógico que todos estavam certos em seguirem sua estrada, mas, como sempre valorizei o desejo do coletivo, tive minha cota de sofrimento e me vi forçado a mudar meu estilo de vida.
Casa de Pablo Neruda - Isla Negra - Chile
Valparaíso e Santiago - Chile
Outras pessoas apareceram e com eles novos grupos, mas, no final das contas, a individualidade e o desejo pessoal de cada um dos amigos passou a prevalecer. É lógico que todos estavam certos em seguirem sua estrada, mas, como sempre valorizei o desejo do coletivo, tive minha cota de sofrimento e me vi forçado a mudar meu estilo de vida.
Como em várias situações acabava por me anular ou deixava de fazer algo, sempre na espera da companhia de um amigo, fui aos poucos, modificando alguns hábitos, logicamente sem deixar de valorizar os amigos, porém, passei a entender que a pessoa mais importante deveria ser eu mesmo e, com isso, iniciei o processo de focar mais em mim, vislumbrar e colocar em prática os meus momentos de individualidade.
A maior expressão desse novo momento se deu no ano de 2012, quando decidi não esperar mais a resposta de um grande amigo, que até então estava me enrolando para dizer se poderia ou não me acompanhar numa viagem fora de terras brasileiras. Meu desejo maior seria conhecer Buenos Aires, mas, por conta da companhia, pensei em abrir mão da minha vontade e ir para Santiago do Chile... Mais uma vez lá estava eu, deixando de pensar em mim para não ter de ficar sozinho...
Para minha sorte, meu amigo não sabia o que queria e depois de quase um mês sem uma definição dele, o meu período de disponibilidade para viajar já estava chegando e, junto com ele, o temor de ver meus planos, mais uma vez, se frustrando e acabar desistindo da viagem, como já acontecera outras vezes e, por conta disso, optei por respirar fundo e executar meus planos sozinho.
Foi uma decisão difícil e no início deu muito medo, mas, o resultado deste desprendimento foi um novo estilo de vida, principalmente no que diz respeito a viajar sozinho. Um novo ciclo que se iniciou e, em consequência da coragem de embarcar nele, um mundo delicioso e super interessante se abriu na minha vida...
Muita coisa ainda tenho a dizer sobre esse assunto, porém, aqui quis somente fazer uma introdução, com o intuito de desmistificar a ideia da qual somente pessoas de espírito individualista são as que conseguem pegar uma mala ou mochila e botar o pé na estrada sozinha, independente de companhia ou não...
Esta é uma experiência que qualquer pessoa consegue fazer; basta colocar os medos e receios de lado e seguir o rumo que quiser tomar... O início pode até ser dolorido, mas, essa dor aparente se esvai e o que fica são boas histórias para contar, se lembrar e recomeçar de novo!
(Continua...)
A maior expressão desse novo momento se deu no ano de 2012, quando decidi não esperar mais a resposta de um grande amigo, que até então estava me enrolando para dizer se poderia ou não me acompanhar numa viagem fora de terras brasileiras. Meu desejo maior seria conhecer Buenos Aires, mas, por conta da companhia, pensei em abrir mão da minha vontade e ir para Santiago do Chile... Mais uma vez lá estava eu, deixando de pensar em mim para não ter de ficar sozinho...
Para minha sorte, meu amigo não sabia o que queria e depois de quase um mês sem uma definição dele, o meu período de disponibilidade para viajar já estava chegando e, junto com ele, o temor de ver meus planos, mais uma vez, se frustrando e acabar desistindo da viagem, como já acontecera outras vezes e, por conta disso, optei por respirar fundo e executar meus planos sozinho.
Praga e Berlim, respectivamente
Museuplein - Amsterdam
Muita coisa ainda tenho a dizer sobre esse assunto, porém, aqui quis somente fazer uma introdução, com o intuito de desmistificar a ideia da qual somente pessoas de espírito individualista são as que conseguem pegar uma mala ou mochila e botar o pé na estrada sozinha, independente de companhia ou não...
Jardim Botânico de Curitiba
São Cristóvão - Sergipe
Esta é uma experiência que qualquer pessoa consegue fazer; basta colocar os medos e receios de lado e seguir o rumo que quiser tomar... O início pode até ser dolorido, mas, essa dor aparente se esvai e o que fica são boas histórias para contar, se lembrar e recomeçar de novo!
(Continua...)
Jansen Sarmento
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